A vulgarização de uma profissão

É sabido que o ensino é um negócio lucrativo. Mas até que ponto a louvável tarefa de formar profissionais é saudável? Todos os dias é anunciado por meio de jornais, rádio e Tv, a abertura de uma nova universidade ou a inauguração de um novo curso em uma instituição de ensino, as quais, ofertam o ensino de uma profissão, em muitos casos, sem ao menos haver demanda por determinado curso. E sem o menor critério de responsabilidade, muitas instituições suprimem a carga horária do curso retirando da grade curricular, disciplinas básicas e profissionalizantes as quais são fundamentais para a formação de um profissional apto ao mercado de trabalho cada vez mais exigente. Despejando, literalmente, todos os anos, uma quantia demasiada de profissionais em um mercado extremamente competitivo. Desta forma, o profissional recém saído da escola, para uma inserção rápida e em busca de experiência, sujeita-se a honorários que vulgarizam a profissão exercida, trabalhando por salários muito abaixo do estipulado para o piso salarial profissional.
Desta forma, muitas profissões tem seu espaço reduzido e prostituído por profissionais e empresas que se submetem a vulgarizar os numerários demandados pelo exercício profissional, tamanha é a oferta desses no mercado.
Assim vem ocorrendo com a profissão de Agronomia, a qual devida sua importância e demanda mercadológica em um país essencialmente agrícola, teve  popularizada seus ensinamentos, trazendo ao mercado de trabalho milhares de jovens profissionais que não sabem valorizar seus conhecimentos e cobrar os devidos numerários pelos serviços prestados.
Diante dos fatos explicitados, temos vivenciado a vulgarização da profissão de Agronomia pois, nem mesmo o cerrado é grande o suficiente para absorver tantos profissionais no mercado de trabalho, levando como consequência a banalização de um profissional da área.
Portanto, profissionais ligados a AEA-Toledo, vamos nos unir para que seja instaurada a prova de aptidão profissional, filtrando os profissionais mais aptos ao mercado de trabalho.